O que acontece quando se oferece uma causa ,pela qual se deve e valha a pena lutar, a um grupo fragilizado, sem objetivos, sem sentido na vida? e o pior o que acontece se esse grupo vir nessa causa uma forma única de preencher o vazio que os ocupa?´
É exatamente isso que o filme Die Welle (A Onda) tenta mostra, em uma sala de aula onde uma das características comuns a todos os alunos é a falta de objetivos e perspectivas sobre o próprio futuro e o desconhecimento da própria história do país é iniciado um trabalho regido pelo professo de educação física onde o intuito era promover uma semana de estudos sobre o regime autocrático que consiste politicamente em um tipo particular de governo absolutista, tendo um sentido restrito e outro mais amplo, o restrito e mais exato reporta-se ao grau máximo de absolutismo na personalização do poder. O sentido amplo é de um governo absoluto com poder ilimitado sobre os súbditos, que apresenta uma grande autonomia em relação a qualquer instituição e aos governados, o chefe de estado absoluto é autocrata, portanto, sempre que não há força social capaz de limitar explícita e implicitamente os seus poderes políticos, o maior autocrata da história foi Hitler.
Quando esses alunos começam a conhecer na teoria essa forma perigosa de governo, começam a sentir-se parte integrante de um único grupo que tem por objetivo (algo que os integrantes sozinhos não tinham) tomar e seguir medidas que mantenham a boa ordem do seu grupo, visando sempre o desenvolvimento do mesmo, isso preenche o vazio existencial que até então ocupava esses alunos, o diretor do filme mostra essa sala como sendo um microcosmo da Alemanha que após a primeira guerra mundial foi assolada por crises econômicas decorrentes dos compromisso expressos no Tratado de Versailes os quais a Alemanha deveria honrar, assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países europeus, após o final da primeira guerra mundial (1914-1918), neste Tratado, a Alemanha assumiu ,de forma não espontânea, a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas e militares, estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da Primeira Guerra, dentre essas exigências estava a de que a Alemanha seria responsável pelo ônus da guerra o que a levou a uma profunda crise econômica refletida na sociedade que se sentia cada vez mais amedrontada e fragilizada devido ao enfraquecimento do governo e do agravamento da situação crítica da sociedade isso tornou o país em um terreno fértil para que surgisse ali um poder forte unificador com tendências centralizadoras e autoritárias e foi exatamente isso que aconteceu como já sabemos Hitler atinge o poder se torna ditador unifica e fortalece a sociedade alemã e toma medidas para que não mais a sociedade alemã mas a raça ariana tenha condições de se desenvolver plenamente, mas sem perceber a sociedade entrega ao autocrata o que lhe era mais valioso que é o individualismo.
O que caracterizava esses alunos assim como a sociedade alemão no pós primeira guerra era sua fragilidade que, como já foi dito, sem sentido na vida, viram o vazio preenchido por uma causa, esse é um dos principais ingredientes de estrutura social que um regime fascista precisa para nascer, e o fato desses alunos desconhecerem o passado de seu país faz com que eles aceitem todas as imposições do falso ditador (o professor) sem perceber que mergulham em um regime totalitário e autocrático isso mostra de certa forma que apreendemos a pouco esse monstro fascista, contudo ele ainda continua vivo dentro de sua jaula. Seu guardião é nossa inconsciência e para que ele não se livre de sua prisão é preciso dar armas à nossa incosciencia fazendo-a connhecer a história para que ela nao se iluda com as propostas do monstro seja ele qual for, fascismo, ditadura, guerras, colonialismo enfim todos os monstros que o homem criou para se aproveitar da fragilidade das pessoas.
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