quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Capítulo XXIII : Acerca da independência do homem perante a idéia de deus e afins

Estamos hoje muito mais ligados às coisas antrópicas como nossa tecnologia nossas descobertas e convicções do que à ideia de um criador, sempre que nos vemos em uma situação de necessidade recorremos não mais às orações mas à tecnologia que geralmente pode resolver nossos problemas...
...quando digo nós me refiro às pessoas que tiveram possibilidade de ter uma excelente formação intelectual e que conseguiram apartir disso ferramentas para criticar o que lhe é transmitido verificando a possibilidade de veracidade ou não de determinados assuntos e assim se desvincular de falsas histórias ditas como verdadeiras mas que não passam de uma forma de ''manter as pessoas comuns quietas''.

Podemos perceber essa relação de proximidade entre o ato de questionar-se sobre as coisas do mundo (filosofar) e ateísmo ou agnosticismo analisando uma parte da vida de Darwin que veio de uma família extremamente religiosa e talvez até por isso chegou a cursar teologia mas suas convicções teológicas mudaram após sua viagem à bordo do Beagle ao redor do mundo viagem na qual Darwin formulou a Teoria da Evolução das Espécies onde através de análises Darwin constatou que os seres descendiam de um ancestral comum que graças á processo de adaptação e seleção natural evolui para as mais variadas formas de vida que hoje existem, isso para um teista era (e ainda é para alguns) inaceitável em sua época já que passar a aceitar que somos descendente de simples chimpanzés e não de um ser onipotente e onipresente era uma ofensa À exitência humana, por tempos Darwin ficou na dúvida se divulgaria ou não sua descobertas e então em 1858 sua análises científicas se sobrepuseram às suas convicções teológicas e então publicou seus estudos derrubando de vez a idéia de que deus tenha criado o homem, Darwin não se tornou ateu por ter feito isso mas deixou de lado as suas convicções teológicas para elevar suas ideias cientificas colocando-as em um plano superior mostrando que o conhecimento baseado na ciência era para ele mais válido do que o conhecimento baseado na fé e é exatamente isso que acontece com a maioria das pessoas ao redor do mundo, principalmente com as de nível superior podemos perceber isso pelos números no Brasil apenas 8% da população total tem nível superior população esta que adquire conhecimento suficiente para se tornar cética e passar a buscar respostas mais completas sobre o universo levando-a ao agnosticismo ou até mesmo ao ateísmo já podemos constatar que 65,7% das pessoas com nível superior não acreditam na existência de um ser divino isso representa cerca de 5% da população brasileira agora vejamos a Inglaterra onde cerca de 53% da população tem nível superior demonstrando que o pais é formado por pessoas muito intelectualizadas (a media de livros lidos por cada inglês é de 13 livros ao ano enquanto no Brasil essa taxa não passa de 3 livros por ano) e ''curiosamente'' o numero de intelectuais é diretamente proporcional ao numero de pessoas que não acreditam nas entidades divinas (ateus e agnósticos) chegando à dois terços da população britânica e essa relação de intelectualidade e ateismo não é exclusividade britânica praticamente todos os países cuja população é intelectualizada apresentam altos IDH's e grande porcentagem de ateus vejamos os números :

NOVA ZELÂNDIA - 66% da população é ATÉIA.
SUÍÇA - 56% da população é atéia.
ESTADOS UNIDOS - 33% da população é atéia.
SUÉCIA - 83% da população é atéia.
NORUEGA - 78% da população é atéia.
DINAMARCA - 80% da população é atéia.
FINLÂNDIA - 69% da população é é atéia.
ISLÂDIA - 16 – 23% da população é atéia.
AUSTRÁLIA - 68% da população é atéia.
ALEMANHA - 57% da população é atéia.

Somando o número de ateus aos agnósticos chegamos a 15% da população mundial é um número baixo devido à uma série de fatores como já dito a intelectualidade da população mundial é muito baixa os países mais populosos em geral são os com menores índices de IDH e de escolaridade portanto a maior parte da população mundial não tem ferramentas necessárias para derrubar as idéias de criacionismo e existência de deus, mas mesmo que esse número seja pequeno ele vem crescendo muito devido ao acesso a informação e ao crescimento do pensamento crítico, então é comum que uma pessoa que pense mais sobre as coisas da vida e da existência, muitas vezes encontra muitas dúvidas referente aos assuntos da fé, como podemos ver pelas pesquisas feitas pelo psicólogo James H Leuba através de uma pesquisa realizada em 1914 feita com 1000 cientistas aleatoriamente selecionados, constatou que cerca de 50% eram Ateus.

Em 2000, ou seja, 86 anos depois, foi constatado que 98% dos cientistas já não acreditam em divindades, pois quanto mais a ciência avança, menos os lúcidos precisariam se agarrar na vida além túmulo ou se curvar para os fantasiosos deuses e em 2009, segundo a revista Newsweek, apenas 0,15% dos biólogos ou geólogos, com alguma credencial acadêmica respeitável nos EUA acreditam em deus.

O fato é que como já foi dito nesse blog anteriormente ''A Ciência traz a luz e solução. deus morreu e foi sepultado. Entretanto, há quem ainda tente travar o desenvolvimento da ciência. À frente deles estão picaretas e vigaristas que sabem que deus não existe, entretanto, aproveitam-se da ingenuidade e as vezes da debilidade mental dos seguidores para extorquírem e retirarem deles dinheiro. E é assim que a religião sobrevive hoje em dia: marketing, enganação, técnicas psicológicas, lavagem cerebral...nada além disso. Charlatanismo puro.'' e o único modo de livrar a humanidade dessa ''raíz de todo o mal'' (como disse Dawkins) é dando às pessoas capacidade de conhecer o mundo aos olhos da ciência só assim a humanidade será capaz de entender e compreender todos o processo de manipulação por trás da idéia de deus e de religião, talvez por saber disso que a igreja proibiu na chama Idade ou Era das Trevas que qualquer conhecimento não religioso fosse produzido e espalhado pela sociedade pois conheciam o poder da ciência do conhecimento e temiam o perigo que este representava para as bases da instituição.

Podemos perceber então que a ciência e deus ou melhor a teologia (a relação entre teologia deus e religião é muito próxima já que seu intuito é supostamente estudar deus a fé e as escrituras sagradas) em si são duas coisas opostas e que a ciência se sobrepõe com excelência sobre a teologia mas mesmo assim algumas pessoa aindam acreditam que possa haver uma harmonia entre ambas as partes algo do tipo foi proposto por um editorial infeliz e ingênuo do jornal britânico Independent que recentemente pediu uma reconciliação entre ciência e “teologia”. Dizia que “As pessoas querem saber o tanto quanto possível sobre suas origens”. Com certeza, espero que elas queiram, mas o que faz alguém pensar que a teologia tem algo de útil para dizer sobre esse assunto?

A ciência é responsável pelas seguintes informações sobre nossas origens. Nós sabemos aproximadamente quando
o Universo surgiu e por que ele é, em sua maioria, de hidrogênio. Nós sabemos por que as estrelas se formam e o que acontece no interior delas para converter hidrogênio em outros elementos, dando origem à química em um mundo físico. Nós sabemos os princípios fundamentais de como um mundo químico pode se transformar em biologia através do aparecimento de moléculas auto-reprodutoras. Nós sabemos como o princípio da auto-reprodução deu origem, através da seleção darwiniana, a toda a vida, incluindo os humanos.

Foi a ciência e apenas a ciência que nos ofereceu esse conhecimento e, além disso, o ofereceu em detalhes fascinantes, preponderantes e que se confirma mutuamente. Em cada um desses aspectos, a teologia tem mantido uma visão que se mostrou definitivamente errônea. A ciência erradicou a varíola, pode imunizar contra a maioria dos vírus e matar a maioria das bactérias que anteriormente eram mortais. A teologia não tem feito
nada a não ser falar das doenças como punições para nossos pecados. A ciência pode prever quando um cometa em particular irá reaparecer e, de quebra, quando o próximo eclipse irá ocorrer. A ciência colocou o homem na Lua e lançou foguetes de reconhecimento ao redor de Saturno e Júpiter. A ciência pode lhe dizer qual a idade de um fóssil específico e que o Santo Sudário de Turim é um farrapo de pano medieval. A ciência sabe as instruções precisas no DNA de vários vírus e irá, durante a vida de muitos leitores presentes, fazer o mesmo com o genoma humano.

O que a teologia já disse que teve qualquer valor para alguém? Quando a teologia disse algo que foi demonstrado como verdadeiro e que não seja óbivio? Tenho ouvido os teólogos, lido o que escrevem, conversado com eles. Nunca ouvi algum deles dizer algo que tivesse alguma utilidade, qualquer coisa que não fosse trivialmente óbvio ou categoricamente errado. Se todas as realizações dos cientistas forem apagadas do mapa no futuro, não haverá médicos, e sim xamãs; não haverá meio de transporte mais rápido que o cavalo; não haverá computadores, nem livros impressos e, muito menos, agricultura além das culturas de subsistência. Se todas as realizações dos teólogos forem apagadas do mapa no futuro, alguém perceberia a mínima diferença? Até mesmo as realizações negativas dos cientistas, como as bombas e navios baleeiros guiados por sonar funcionam! As realizações dos teólogos não fazem nada, não afetam nada, não significam nada. Afinal, o que faz alguém pensar que “teologia” é um campo do conhecimento o que faz alguém pensar exista alguém que seja dono do seu caminho e da sua vida alguém que você deva agradar para não sofrer depois da morte? A sim é verdade a pergunta correta não é ''o que faz pensar'' a pergunta certa é o que faz alguém NÃO pensar no mundo e aceitar essas idéias arcáicas e ultrapassada? talvez uma intelectualização em massa da humanidade resolveria o problema de vez e extinguiria essa ''raíz de todo o mal''.

E pra terminar, algumas palavras do mestre Saramago :

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Capítulo XXII : A Internacionalização do Mundo por Cristovam Buarque



Durante debate em uma Universidade, nos Estados Unidos, fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha.

''De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da Humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.

Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o pais onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.''

fonte : http://haroldovilhena.multiply.com/journal/item/108

Capítulo XXI : O tempo e as idéias

O voraz e impiedoso tempo, não o tempo fragmentado em anos, meses, semanas, dias e horas que adotamos como sendo o tempo propriamente dito mas o fluir natural das coisas como a meia vida de um elemento radioativo, ou os ciclos astronômicos, o período de validade dos alimentos e até de nós mesmo, destroi tudo acaba com fortes castelos, deteriora as mais altas montanhas e principalmente acaba com tudo que vive, as duas únicas coisas que são resistentes à essa corrosão universal é a energia que ,segundo a Lei de Conservação das Massas ou Lei de Lavoisier, faz parte de um ciclo fechado e supostamente eterno onde ''nada se cria nada se perde, tudo se transforma'' a outra coisa que resiste à tudo inclusive ao tempo são as IDÉIAS.

Uma vez que uma idéia surge nada pode barrar sua propagação, ela vai contra qualquer gradiente de concentração, transpõe qualquer barreira física ou política, atravessa qualquer oceano, e se perpetuam invadindo nossas mentes sem pedir permissão e assim como um vírus resistente à qualquer medicamento elas se perpetuam mudando o que precisa ser mudado.

Gosto muito de citar filmes para exemplificar minhas idéias e um filme que trata exatamente dessa característica eterna das idéias é V de Vingança resumindo a primeira cena temos a seguinte frase (na minha opinião essa é a mais importante do filme) "Um homem pode morrer, lutar, falhar, até mesmo ser esquecido, mas sua idéia pode modificar o mundo mesmo tendo passado 400 anos." essa é a motivação dos mártires eles sabiam que poderiam morrer durante seu percurso sabiam que poderiam ser forçados a deixar de propagar seus ideais mas ainda assim acreditavam no poder das idéias e sabiam que independentemente da presença deles as mudanças seriam inevitávies já que o mais importante ja havia sido feito o gatilho ja havia sido puxado e o disparo lançou um projétil que se moverá pela eternidade furando peitos e mentes e implantando-se nelas tornando cada um portador das idéias iniciais e como tais tornan-se consequentemente articuladores das mesmas lutando para que elas sejam ouvidas e aceitas.

Mesmo que nosso tempo sangre até a morte nossas idéias se elevarão rumo à eternidade, tornando-se patrimonio universal e não mais individual, agindo como uma força que transformará o que precisar ser mudado.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Capítulo XX : Telomerase ideológica

desenho de Rafael Costa

Jovem jovem... O que te faz tão maduro nesse primeiro passo ? Quando pensa na paixão platônica da segunda série ? Ou quando vê fotos de seus avós já falecidos ? Tantas coisas passadas, sonhos desmantelados, paixões frustradas, gostos antigos. Mas, quantas coisas a se passar, quantos sonhos a serem idealizados, quantas paixões a serem apaixonadas, quantas coisas a saber... coisas que ainda precisa viver. Como todos, esquece-te do que não viveu.

A juventude é tão passageira quanto aquela banda na propaganda de refrigerantes. E a velhice tão relativa quanto os buracos negros na parede do seu quarto ou do seu mundo.

Hoje, só me cabe devanear
que já nascemos nos achando uns velhos a mais
e morremos nos achando novos demais.

Tudo na lei de seu tempo: tudo sem tempo.

Anexo V : Arrogância



" Sabe o que eu mais gosto em você ?
Sua arrogância. "

Arrogância:
do Lat. arrogantia
s. f.,
orgulho;
altivez;
presunção;
insolência;
audácia;
auto-confiança;
auto-suficiência;
excentricidade;
insubmissão;
qualidade do crítico.

Meus super heróis sempre foram arrogantes.
_____________
Essa palavra merece um post só pra ela.

Anexo IV: Ode ao nada

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Leia o que quiser, o texto já te leu.

Não há mentes vazias.

Capítulo XIX : Vício maldito



HÀ pouco tempo atrás, para ser um ET era preciso vir de outro planeta. Hoje em dia ficou mais fácil, basta não ter um celular. Nada resume tão bem os nossos tempos como ele. Antes uma luxúria, agora, uma necessidade.

O fato de alguém ter este aparelho móvel, lhe dá a plena possibilidade de se manter conectado com o resto do mundo. Não importa quão longe você esteja sempre estará perto. Viver sem fronteiras. A tecnologia virou vício. Como pudemos viver tanto tempo sem o celular?

Juntamente com essas mudanças, também apareceram os inconvenientes. Já reparou que quando você está conversando com alguém, mesmo que esteja no auge do papo, no ponto chave da piada, no x da questão, no final da história, o que for, basta apenas que a música toque ou algo vibre para que tudo se acabe? Tudo se torna menos importante diante daquela ligação. Após uma breve pausa, retomamos o assunto. Onde estava mesmo?

Não consigo entender como isso se dá. Por que razão aquela ligação é mais importante que a conversa que você está tendo no momento? Afinal, aquela pessoa começou a conversar com você primeiro. Pior, ela está diante de você.

A verdade é que ficamos na expectativa. Quando você está com o celular, sente que a qualquer momento pode receber aquela ligação. Já reparou na ansiedade de alguém quando recebe uma mensagem? O contrário também é verdade. Quando você não está com o celular, sente que pode perder aquela ligação. Imaginem o desastre? Não consigo entender.

Dizem que é necessário atender, porque pode ser a notícia de que alguém está doente e precisa de ajuda ou que você vai receber alguma dádiva. Pode ser, mas quantas vezes isso aconteceu? É mais fácil você receber um trote. Aliás, eles sempre funcionam, porque, afinal, você está na expectativa.

Outra coisa impressionante. As pessoas ficam chateadas quando outros não atendem suas ligações. Será que ele não gosta de mim? E quando o celular fica desligado? Só pode ser, está com outra. Para as mentes inquietas, é um prato cheio. Viveremos entre monstros da nossa própria criação.

Existem novas tecnologias que permitem colocar no celular um programa de rastreamento, onde você pode, com um simples clique, descobrir onde está determinada pessoa. Acabou sua regalia de dizer para o chefe que vai chegar atrasado por causa do trânsito. Se fizer, ele vai descobrir que você ainda nem havia saído de casa quando mandou aquele torpedo.

Aliás, que nome! Sua mensagem chega tão rápido como um torpedo! Estupendo!

Pode parecer coisa de velho, mas sinto falta da época em que as pessoas ao invés de ligar, iam a sua casa. Queriam te ver. Tente lembrar, qual foi à última vez que você fez isso ou fizeram com você? Quando fez, como foi recebido? Isso também, não consigo entender. Hoje em dia as pessoas não gostam de visitas repentinas, tudo tem que ser com horário marcado. Quanta neurose.

Ás vezes tento deixar. Deixar o celular em casa, deixar o celular tocando, deixar de me preocupar. Experimente fazer isso de vez em quando. Saia de casa, mas sem ele. É como se você ficasse escondido, com mais liberdade, pronto para se perder. Quando estiver no meio de uma conversa, deixe o celular tocando. Não há pessoa mais importante no mundo do que aquela com que você está conversando no momento. Valorize-a, valorize as relações humanas, principalmente as de verdade. Deixe de mandar mensagens, espere encontrar com as pessoas para contar suas novidades.

Nossa vida é cheia de ironias. Um aparelho que deveria ter o papel de aproximar as pessoas, apenas as afasta. Pra que vou querer novas relações em outros ambientes se tenho meus melhores amigos ao meu alcance? Vão engano. Acho que devemos evitar cultivar amizades exclusivas, porque o homem adere ao vício com mais facilidade do que a virtude.

Capítulo XVIII : À caminho da servidão

É o caminho para o fim.Desde a Primeira Grande Guerra o mundo moderno não gozará mais do desenvolvimento que só a liberdade proporciona. Seremos escravos, todos. Pode soar alarmista isso, mas é verdadeiro e nada comparado ao catastrofismo falso que criaram em torno do aquecimento global.

O fato é que o governo dos EUA regulará a emissão de CO2, e sem passar pelo congresso.
Isso significa que o verdadeiro imperialismo ganhará força, e como a História ensina, trajado sempre de "boa vontade". Vou citar os principais pontos da derrocada da civilização moderna:

- Definitivamente não há comprovação de que o CO2, um gás que nós mesmo produzimos, seja responsável pelo Aquecimento. Qualquer análise gráfica, para alguém com noção básica de ciência e estatística, consegue desmentir ou ao menos questionar as conclusões do IPCC.

- O maior mal de uma sociedade depois dos Impostos é a REGULAMENTAÇÃO. Por ser um "problema" global o Aquecimento, os esforços também serão globais, com o intervencionismo de Obama. A tributação confiscará de quem tem condições de pagar, como os norte-americanos e europeus e classe-média do Brasil. As metas de reduzir um gás responsável pela fotossíntese fará dos países pobres eternos pobres, já que não poderão desenvolver-se como os já desenvolvidos.

- Os Estados e seus Governos terão mais poder e dinheiro, sufocando cada vez mais os indíviduos, em maior ou menor grau, ao redor do globo.
Não se intimide com discursos nacionalistas, desenvolvimentistas e socialistas:
O ESTADO QUE FAZ GUERRA.

Esperar que algumas centenas de Chefes de Estado mude a vida de bilhões de pessoas é estar à caminho da servidão.

Capítulo XVII : "Se os EUA fazem, por que não fazer?"




Não gosto de usar sabedoria popular já que elas generalizam tudo, mas nesse caso uma delas é bem vinda, ''No Brasil nada se cria tudo se copia'' e no melhor estilo esquerdista estão dizendo "Se os EUA fazem, por que não fazer?", essa frase é uma tentativa bandida de justificar o injustificável: sacrificar toda a economia em nome de um "bem-(in)comum". Ela poderia ser usada agora ou daqui a um tempo.

Me refiro à marcha na contramão do neoliberalismo me refiro à nitervenção estatal na economia, políticas como "Minha Casa, Minha Vida" que subsidiam imóveis para baixa-renda (R$ 17 mil de subsídio com o imóvel valendo R$ 68 mil) faz o ramo das construtoras expandir muito. O financiamento pelo Caixa Econômica Federal, banco estatal, faz com que as construtoras tenham dinheiro no bolso. Mas e se o cidadão, que comprou o imóvel, não conseguir pagar? Quem arcará com os riscos?

Perceba que o financiamento é pelo banco estatal.

Repare que em Setembro, o relatório do
Banco Central revelou o que já estava em curso:40,6% da carteira de crédito nas mãos dos bancos públicos, e aumentando. O Banco do Brasil já prevê aumentar para 2010 o crédito em 20%. Claro que o aumento será na carteira de consumo, como já ocorre. Manobra agressiva demais, enquanto os bancos privados, vejam só, continuam austeros.

Agora vejamos, a inadimplência
no acumulado do ano está em 13%. Com uma breve diminuição nos últimos meses devido ao décimo-terceiro e inserção de mais compradores na economia. Essa inserção só se dá de duas formas: mais emprego, como acontece, e mais crédito.

Assim na economia como na realidade as coisas não acontecem de uma hora para a outra. Mas seguindo a teoria econômica autêntica,
o governo já começou a inflar nossa própria bolha. A versão canarinho da bolha não será muito diferente que a dos EUA*. Virá a inflação, aumento de arrecadação de tributos, a inadimplência aumentará, o governo imprimirá mais dinheiro, prolongará mais um pouco a euforia até uma porção de gente deixar de honrar os compromissos.

A queda será íngreme e violenta. Eu aposto que será perto das eleições presidenciais em 2014.


*Nos EUA foram as hipotecas que, graças aos juros artificialmente baixos nos últimos anos, foram aumentando o valor dos imóveis devido a procura e enxurrada de dólares. Com o tempo, o valor das casas inflaram. O cidadão não conseguia mais pagar. Começou o calote e os preços das casas despencaram, perdendo valor, e contaminou todo o sistema financeiro, que havia colocado as "duplicatas" no sistema.

Capítulo XVI : Acerca de clichês da estirpe de "a gente recebe aquilo que dá" e da desilusão



Há exceções incompreensivelmente grandes; a diferença de individualidades é enorme; mas, em conjunto e conforme já se disse, o mundo vai mal: os selvagens se entredevoram e os civilizados enganam uns aos outros, sendo a isso que se chama a marcha do mundo. (Arthur Schopenhauer, Aforismos para sabedoria na vida, cap. V, C)


Eu vejo aqui as pessoas mais fortes e inteligentes.
Vejo todo esse potencial desperdiçado.

Que porra é essa, uma geração inteira de garagistas, garçons, escravos de colarinho branco.
A propaganda
põe a gente pra correr atrás de carros e roupas.
Trabalhar em empregos que odiamos para comprar merdas inúteis.
Somos uma geração sem peso na história.
Sem propósito ou lugar.
Nós não temos uma Guerra Mundial.
Nós não temos uma Grande crise.
Nossa Guerra é a espiritual.
Nossa crise, são nossas vidas.
Fomos criados através da tv para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astros do rock.
Mas não somos.
Aos poucos tomamos consciência do fato.
E estamos muito, muito putos.

Você não é o seu emprego.
Nem quanto ganha ou quanto dinheiro tem no banco.
Nem o carro que dirige.
Nem o que tem dentro da sua carteira.
Nem a porra do uniforme que veste.
Você é a merda ambulante do Mundo que faz tudo pra chamar a atenção.

Nós não somos especiais.
Nós não somos uma beleza única.
Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo.

Escolha não ter uma TV grande
nem baixo colesterol
nem um abridor elétrico de latas
nem plano de saúde e dentário
e muito menos uma casa de dois andares numa rua arborizada e filhos que só tiram A+.

As coisas que você possui acabam te possuindo.
Você só é realmente livre após perder tudo.
Pois ai não terá o que perder, e, enfim, encontrar-se-á livre.


Tyler Durden (Em
O clube da Luta)


Eu estava conversando com uma colega de escola, quando ela, em uma nova tentativa de me dar uma "lição de moral", soltou o lugar-comum: "A gente recebe o que a gente dá". Muito bem, o que as pessoas querem realmente dizer com isso? Que, em última instância, recebemos o mal por que praticamos o mal, dessa forma o nosso sofrimento é, em última instância, causado por nós mesmos. Trata-se do velho golpe de tentar fundamentar a moral sobre o egoísmo.

Mas as pessoas que repetem esse clichê em geral são estúpidas o bastante para não perceber o óbvio (e se percebem, então fingem não perceber): que se um indivíduo recebe o que dá, ele, obviamente, dá o que recebe; e que se nós regredirmos esse ciclo de dar e receber nósinevitavelmente chegaremos a um momento inicial no qual o indivíduo "recebeu" antes de "dar": dos pais, da escola, da sociedade, enfim, do mundo.

Não é difícil perceber que a intenção desse clichê é colocar a responsabilidade desse processo sobre o próprio indivíduo, transformando-o de vítima em algoz, ou seja, após receber tanto mal do mundo e, então, responder com mais mal e, assim, receber mal de novo... o indivíduo é então informado que, por fim, a culpa pelo mal que ele recebe é, afinal de contas, dele próprio, já que ele tinha dado mal antes (e sobre o mal que recebera anteriormente nada lhe é dito), como se ele fosse também responsável pelo mundo que já existia antes dele.

Após saber de tudo isso, cabe agora ao indivíduo o desafio hercúleo de quebrar esse ciclo vicioso, já que "o mundo" certamente não o quebrará para ele. Ou seja, agora o indivíduo, um "adulto responsável e maduro", terá que responder ao mal que receber com o bem, na esperança de receber, então, e pela primeira vez, o bem também. Cabe ao indivíduo a responsabilidade de quebrar um ciclo vicioso que ele não começou. Mas essa é a vida, essa bosta.

É claro que eu, pessoalmente, nem mesmo acredito que esse clichê, como ocorre com a maioria dos clichês, tenha uma validade estatisticamente significante. Trata-se de mais uma coleira para o povo, mais uma cenoura para o cavalo. Ou alguém aqui acredita realmente que o mundo é dos bons e dos justos? Já cansei de fazer o mal e receber o bem, já cansei de ver o mal sendo recompensado com o bem. Porque uma análise fria e mais detalhada da realidade mostra que "a verdade" geralmente está justamente na direção oposta da indicada pelos lugares-comuns


Pois a verdade é que a maioria das pessoas que perpetra o mal contra os outros tendo em vista o próprio bem acaba por receber - impunemente - o próprio bem que almejava: no mundo real, o crime, desde que perpetrado com a devida astúcia, recompensa, e muito! Aqueles que realmente acreditam que nossas sociedades (sejam ocidentais ou orientais) estão fundadas sobre valores nobres e sublimes não conhecem a história da humanidade, ou são muito estúpidos para interpretá-la.

Contra essa pretensa sabedoria que tenta fundamentar a moral, o "fazer o bem", sobre o egoísmo, o "receber o bem", nós temos a filosofia schopenhauriana, cujo discernimento está para sempre interditado à maioria da humanidade; o que, aliás, vem a ser uma testemunha adicional da miséria humana...

Outro lugar-comum, muito parecido com o anterior, é aquele que diz que "o mal que a gente faz volta para nós". Na verdade é a mesma afirmação que a anterior, mas dessa vez acrescenta-se uma espécie de princípio divino (geralmente o velho e bom deus, esse pau para toda obra) que se responsabiliza por recompensar o justo e castigar o injusto. Como ninguém mais, fora poucas exceções, acredita sinceramente em paraíso e em inferno, então nós regressamos ao mais grosseiro judaísmo, no qual a promessa de castigo, caso não fiquemos na linha, cai-nos sobre essa própria vida atual. O ser humano, esse ser maravilhoso, apenas porta-se moralmente se for coagido a fazê-lo, se for ameaçado com castigos: não é assim que as crianças são educadas?

Leitor, não seja estúpido. Não acredite em clichês, principalmente naqueles que pretendem pintar o mundo como um lugar justo e, na sua essência, bom. Nada mais falso do que isso. Não, o universo não conspira a nosso favor (nem da humanidade, nem de mim, nem de você): ele não está nem aí para nós. Não, a vida não é justa. Não, tudo não acaba sempre bem. Não, o bem não vencerá necessariamente o mal. Não, as coisas não mudam sempre para melhor. Não, você não merece ser feliz: você não merece nada. Não, não existem "pessoas de bem": todos são criminosos em potencial, bastando as circunstâncias adequadas para se manifestarem (na verdade todos nós somos, no mínimo, estelionatários: ficamos nos enganando mutuamente o tempo todo para obter algum ganho particular).

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Capítulo XV: Die Welle


O que acontece quando se oferece uma causa ,pela qual se deve e valha a pena lutar, a um grupo fragilizado, sem objetivos, sem sentido na vida? e o pior o que acontece se esse grupo vir nessa causa uma forma única de preencher o vazio que os ocupa?´
É exatamente isso que o filme Die Welle (A Onda) tenta mostra, em uma sala de aula onde uma das características comuns a todos os alunos é a falta de objetivos e perspectivas sobre o próprio futuro e o desconhecimento da própria história do país é iniciado um trabalho regido pelo professo de educação física onde o intuito era promover uma semana de estudos sobre o regime autocrático que consiste politicamente em um tipo particular de governo absolutista, tendo um sentido restrito e outro mais amplo, o restrito e mais exato reporta-se ao grau máximo de absolutismo na personalização do poder. O sentido amplo é de um governo absoluto com poder ilimitado sobre os súbditos, que apresenta uma grande autonomia em relação a qualquer instituição e aos governados, o chefe de estado absoluto é autocrata, portanto, sempre que não há força social capaz de limitar explícita e implicitamente os seus poderes políticos, o maior autocrata da história foi Hitler.
Quando esses alunos começam a conhecer na teoria essa forma perigosa de governo, começam a sentir-se parte integrante de um único grupo que tem por objetivo (algo que os integrantes sozinhos não tinham) tomar e seguir medidas que mantenham a boa ordem do seu grupo, visando sempre o desenvolvimento do mesmo, isso preenche o vazio existencial que até então ocupava esses alunos, o diretor do filme mostra essa sala como sendo um microcosmo da Alemanha que após a primeira guerra mundial foi assolada por crises econômicas decorrentes dos compromisso expressos no Tratado de Versailes os quais a Alemanha deveria honrar, assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelos países europeus, após o final da primeira guerra mundial (1914-1918), neste Tratado, a Alemanha assumiu ,de forma não espontânea, a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas e militares, estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras da Primeira Guerra, dentre essas exigências estava a de que a Alemanha seria responsável pelo ônus da guerra o que a levou a uma profunda crise econômica refletida na sociedade que se sentia cada vez mais amedrontada e fragilizada devido ao enfraquecimento do governo e do agravamento da situação crítica da sociedade isso tornou o país em um terreno fértil para que surgisse ali um poder forte unificador com tendências centralizadoras e autoritárias e foi exatamente isso que aconteceu como já sabemos Hitler atinge o poder se torna ditador unifica e fortalece a sociedade alemã e toma medidas para que não mais a sociedade alemã mas a raça ariana tenha condições de se desenvolver plenamente, mas sem perceber a sociedade entrega ao autocrata o que lhe era mais valioso que é o individualismo.
O que caracterizava esses alunos assim como a sociedade alemão no pós primeira guerra era sua fragilidade que, como já foi dito, sem sentido na vida, viram o vazio preenchido por uma causa, esse é um dos principais ingredientes de estrutura social que um regime fascista precisa para nascer, e o fato desses alunos desconhecerem o passado de seu país faz com que eles aceitem todas as imposições do falso ditador (o professor) sem perceber que mergulham em um regime totalitário e autocrático isso mostra de certa forma que apreendemos a pouco esse monstro fascista, contudo ele ainda continua vivo dentro de sua jaula. Seu guardião é nossa inconsciência e para que ele não se livre de sua prisão é preciso dar armas à nossa incosciencia fazendo-a connhecer a história para que ela nao se iluda com as propostas do monstro seja ele qual for, fascismo, ditadura, guerras, colonialismo enfim todos os monstros que o homem criou para se aproveitar da fragilidade das pessoas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Anexo III: ''Até o Fim''



Teria sido mais fácil fazer o que todo mundo(maioria) faz, sentar no sofá e esperar as oportunidades chegarem e irem embora, ''deixar a ferrari pra trás'' como diria Gessinger, isso teria me poupado de muitos sacrifícios como os inúmeros finais de semana que ''perdi'' estudando, as festa de sexta a noite que não fui porque tinha aula aos sábados, as partidas de videogame que não pude ter por falta de tempo e uma infinidade de outras coisas que teria feito a vida mais alegre, mas hoje eu vejo que todo esse esforço está prestes a ser recompensado mesmo que não concorde plenamente com todo esse sistema de seleção das faculdades brasileiras eu me preparei pra passar por ele, e passar de forma triunfal, e agora às vésperas da FUVEST eu estou me sentindo como um vitorioso é como se tudo o que eu fiz pra chegar até aqui já esteja sendo recompensador como se eu já pudesse sentir o ramo de oliveiras ao meu redor, e essa sensação esse SENTIMENTO quase como uma intuição de que vou atingir o resultado tão esperado é algo inexplicável que nunca pensei que fosse sentir considerando que até alguns meses atrás eu não me deixava levar pela emoção, continha-a dentro de mim quase como quem aprisiona um pouco de água nas mão, com muita destreza mas com cuidado pois se apertasse muito ela poderia escapar por entre os dedos e sair do controle, eu acreditava que só poderia ser verdadeiramente feliz se pudesse conter toda a minha emoção e ser totalmente guiado pela razão mas o que eu não tinha percebido é que deixar-se dominar só pela razão ou só pelo sentimento te conduz a um abismo de onde só tem uma visão linear do mundo só pude perceber isso quando me livrei dessa espécie de maniqueísmo e passei a deixar meus sentimentos fluirem com a mesma facilidade que minha razão fluia em mim essa mudança me fez atingir o equilíbrio entre razão e sentimento deixei de ser totalmente extremista como sempre fui durante minha vida agora não existe somente o sim e não, surgiu o talvez o meio termo o ponto de equilibrio o ''ponto de massa'' onde posso me posicionar para ver tudo de uma forma uniforme sem predileção inicial por nenhuma das possibilidades disponíveis e só então analisar os melhores caminhos, os melhores pontos de vista e as melhores atitudes, mas isso sem desprezar as piores porque as vezes estas podem me ser convenientes, atingi portanto uma visão panorâmica do mundo e deixei a linearidade para trás.
E o fato de estar tão confiante se deve à aliança entre essa capacidade de sentir, de ser intutivo ,que adquiri recentemente, com a intensa preparação resultante da determinação na busca por um ideal.

''Não vim até aqui

Pra desistir agora
Entendo você
Se você quiser ir embora
Não vai ser a primeira vez
Nas últimas 24 horas
Mas eu não vim até aqui
Pra desistir agora

Minhas raízes estão no ar
Minha casa é qualquer lugar
Se depender de mim
Eu vou até o fim
Voando sem instrumentos
Ao sabor do vento
Se depender de mim
Eu vou até o fim

Eu não vim até aqui
Pra desistir agora
Entendo você
Se você quiser
Ir embora
Não vai ser a primeira vez
Em menos de 24 horas

A ilha não se curva
Noite adentro
Vida afora
Toda a vida
O dia inteiro
Não seria exagero
Se depender de mim
Eu vou até o fim

Cada célula
Todo fio de cabelo
Falando assim
Parece exagero
Mas se depender de mim
Eu vou até fim

Não vim até aqui pra desistir agora
Não vim até aqui pra desistir agora''

encerro o Anexo III ao som de RELICÁRIO de CÁSSIA ELLER e NANDO REIS

sábado, 14 de novembro de 2009

Capítulo XIV: Por dentro dos ''de fora''

Em um mundo onde as pessoas perderam a individualidade graças aos mecanismos de uniformização implantados pela própria ordem social e agravado pelos interesses dos sistemas econômicos que tem a seu favor os meios de manipulação em massa é raro encontrar pessoas que ainda conseguem saber quem realmente são e que conseguem fugir das convenções sociais e criar seus próprios hábitos gostos virtudes e vícios, essas pessoas geralmente acabam ficando do lado de fora do fluxo de clones midiáticos produzidos em larga escala que falam as mesmas gírias ouvem as músicas top hits lêem somente os best sellers e só usam as roupas da moda, e pelo fato de não estarem incluídos nessa festa louca de clones são vistas como pessoas que estão vivendo em um mundo ilusório irreal e utópico mas na verdade o mundo real é aquele que poucos conseguem ver, esses raros que tem essa incrível ''habilidade'' são os ''de fora'' (em inglês outsiders).Algo curioso que ocorre é a tentativa da mídia em tentar criar outsiders, mas na real o que eles fazem é implantar nas pessoas um falso senso de individualidade e criatividade que será compartilhado por todos os clones midiáticos que graças à sua cegueira não enxergam que são todos iguais em forma e conteúdo.Um bom exemplo é a novelinha Malhação, a impressão que fica é que o roteirista escreveu um monólogo e depois distribuiu as falas entre vários personagens. Não há diferenciação de personalidade. Todos falam as mesmas coisas, do mesmo jeito e usando as mesmas expressões. Em resumo: fique igual e permaneça legal, outro exemplo seria um comercial de uma bebida à base de soja que foi veiculado na mídia televisiva à alguns anos onde um homem de terno e com uma caixa de som no lugar da cabeça ficava em um helicóptero dizendo quais eram as coisas que estavam na moda (coisas absurdas como peixe com chocolate e alho) e abaixo dele uma legião de pessoas brigando entre si para conseguirem os produtos que o cara de terno dizia estarem na moda, em outro plano também acima dessa multidão estava um homem na janela de seu apartamento com um frasco da bebida à base de soja e rindo de toda aquela confusão causada pela falta de individualidade, ao mesmo tempo o narrador dizia algo mais ou menos assim: ''seja diferente beba leite de soja da marca X'' (não lembro o nome da marca se não me engano é ades), mas repare que ao mesmo tempo que o comercial mostra como é ridículo o fato das pessoas não terem consciência de que são controladas por um ser elevado (no caso do comercial o ser elevado era a mídia o que fica claro pela caixa de som no lugar da cabeça do cara de terno que ditava as regras remetendo aos meios de comunicação) que implanta nelas uma personalidade pré fabricada o comercial exerce a mesma função ditando para os espectadores uma forma de ser diferente mas que na verdade leva a uma comunhão da mesma idéia artificial mostrada no próprio comercial, esse fato é engraçado para quem consegue enxergá-lo mas ao mesmo tempo é torturante ver toda essa multidão sem alma, sem vontade sem personalidade consequentemente infelizes já que a felicidade plena só é atingida apartir da auto construção da personalidade, fica fácil entender esse drama pelo qual os ''de fora'' passam ao assistir o filme Equillibrium onde o protagonista John Preston vive em uma sociedade onde os sentimentos e a capacidade de criação são contidos através da ingestão obrigatória de drogas depressoras de tais faculdades mentais, quando Preston , devido uma serie de acontecimentos, passa a não ingerir mais as drogas volta a ter sentimentos e vontade própria e percebe que todo aquele sistema que havia sido implantado para proteger as pessoas na verdade as havia matado a muito tempo já que essas haviam se tornado somente espectros ambulantes que atendiam às ordem de um superior ,chamado ''Pai'', e sem questionar nem exitar essas pessoas atendiam a todas as suas ordens, percebe-se que quando Preston passa a enxergar a verdade sórdida por trás dos discursos falacianos do Pai e das medidas tomadas pelo mesmo, Preston passa a sentir nojo de tudo aquilo sente-se envergonhado por viver em um lugar como aquele e começa um caminho perigos para mostrar para todos os outros a verdade que ele conseguiu enxergar nota-se ai uma intertextualidade muito interessante com o mito da caverna de Platão onde as pessoas nascem e são acorrentadas umas nas outras no fundo de uma caverna onde a única imagem que tem desde o nascimento é somente a de suas sommbras no fundo da parede e quando uma dessas pessoas consegue sair da caverna e ver o mundo real ela torna-se um ''de fora'' que tenta avisar as pessoas sobre a mentira que estão vivendo mas elas preferem continuar com sua protofelicidade baseada na mentira do que viver a felicidade plena através da verdade pois já estavam habituadas com o que lhes tinha sido pregado e não lhes era conveniente ''andar com as
próprias pernas''.


A cena acima mostra o exato momento em que John Preston retoma sua consciência e retira as películas que encobriam as janelas obstruindo a visão panorâmica da cidade como forma de conter ainda mais a emoção das pessoas, ao retirar essa película é como se Preston retirasse as vendas dos olhos e voltasse a enxergar novamente ao mesmo tempo se sente só pois sabe que mais ninguém compartilha essa sensação com ele e triste pois sabe que todos ainda estão usando suas vendas.E essa sensação de viver em mundo onde ninguém mais vive trás uma sensação muito grande de solidão e isolamento já que pouquíssimas pessoas compartilham essas mesmas visões de mundo e conseguem ver a verdade oculta nas coisas essa sensação é muito bem descrita pela música Exército de um Homem Sò (Engenheiros do Hawaii):

(...)

Não importam se só tocam
o primeiro verso da canção
a gente escreve o resto
sem muita pressa
com muita precisãonos interessa o que não foi impresso
e continua sendo escrito à mão
escrito à luz de velas
quase na escuridão
longe da multidão

(...)

Não importa se só tocam
o primeiro acorde da canção
a gente escreve o resto
e o resto é restoé falsificação
é sangue falso, bang-bang italiano
suíngue falso, turista americano
livres dessa estória
a nossa trajetória não precisa explicação
(e não tem explicação)

Somos um exército(o exército de um homem só)
no difícil exercício de viver em paz
somos um exército
(o exército de um homem só)
sem bandeira,
sem fronteiras para defender,pra defender...

Não interessa o bom senso diz
não interessa o que diz o rei
(se no jogo não há juiz
não há jogada fora da lei)
não interessa o que diz o ditado
não interessa o que o estado diznós falamos outra língua
moramos em outro país

(...)

A confirmação de tudo isso que foi dito acima pode ser vista frequentemente em programas televisivos como o Famous Face onde uma maluca coloca na cabeça que quer ficar idêntica à Jeniffer Lopez ou com a Britney Spears e tal estupidez é incentivada. Em resumo, a transformação é filmada e testemunhamos a verdadeira frankesteinização sofrida pela pobre cega e iludida pelo processo de uniformização. Ela se submete à operação plástica, lipoaspiração e o caralho ao fim ela já não é mais ela, perdeu sua identidade sua personalidade sua própria vontade através das constantes lavagens cerebrais às quais foi submetida desde pequena que é quando começam a vomitar nas pessoas todos os conceitos de beleza etiqueta comportamento iniciando assim o processo de uniformização como se cada criança fosse um produto em uma linha de montagem...

...e ao fim da transformação perde também sua face pronto ,ela já não é mais ela mas também não é Britney, nem Lopes, ela se torna um nada mas que passa ser venerado como ídolo em meio aos que também são ou estão se tornando um nada. Chega a ser nojento. Eu não entendo qual é a de um programa como esse. Será que a indústria da cirurgia plástica tá precisando de uma forcinha? Eu duvido. Nunca vi se falar tanto em botox, silicone, lipo e outras merdas. Todo mundo tentando evitar o inevitável para ficar sempre com a mesma face adotada como modelo de beleza padrão da sociedade. Todo mundo querendo retardar o tempo incontrastável. Quando você começa a perceber todo esse genocídio de individualidade culminando na perca total e em massa da personalidade o descontentamento com o mundo torna-se inevitável então "você não quer mais ganhar o jogo, quer quebrar o tabuleiro; você não quer mais chegar até o fim, você quer fazer barulho; você não mais quer o amor, você quer tudo; você não mais quer morrer, você quer nunca ter existido; e passa a perceber que não somos uma geração perdida mas uma geração que perdeu'' (trecho extraído do Manifesto Cordialista)Vivemos cada vez mais em uma gigantesca e apavorante Ilha do Dr. Mureau. Foda-se Dorian Gray. Eu sou bem mais as rugas de Charles Bukowski.

encerro o capítulo XVI ao som de DESAPEGO de MOPTOP

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Capítulo XIII: Diálogos


Pedro:parece que você ficou chateada com alguma coisa que eu falei
Camila: eu to chateada com o mundo,nada contigo não
Pedro:então vamos abrir um clube estou de saco cheio dessa monotonia, tudo sempre igual as pessoas lutam ferrenhamente pra chegar num lugar que nem sabem onde é tudo porque a sociedade as empurra para esse fluxo louco e desenfreado, e elas com medo de não se encaixar simplesmente sequem essa torrente de almas desesperadas, sem ver, ouvir ou falar sem questionar sem se importar com ética bom senso nem humanidade muito menos moralidade, tudo para no final ganhar papel e trocá-lo por produtos desnecessário e mostrá-los pelas ruas para pessoas que nem ao menos as conhece, como se esse fosse o sentido da vida, mas a vida é mais do que isso, a vida é superior a qualquer coisa que possamos construir, a vida é o que é, simples, feliz e ninguém entende isso ou preferem não entender, talvez porque seja mais fácil fechar os olhos e simplesmente ir do que romper com as correntes de preguiça, subordinação, miséria e violência, então fecham os olhos e vão só vão e nada mais...
Camila:a vida é superior a tudo que podemos construir...exatamente isso que eu penso, e o fato de das pessoas não entenderem isso é o que me aflinge.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Capítulo XII: deus (✰ ? - † 1859)



A obra "A Origem das Espécies"(1859) de Charles Darwin, não somente ''matou deus'' como também serve hoje como base para todas as pesquisas científicas que tem trazido grandiosos benefícios para a humanidade.
Isso significa dizer que a partir de 1859, com a ''morte de
deus'', o homem deu um grande salto. Pois as descobertas de Darwin influenciaram todas as demais áreas do saber. A religião e a ideia de deus conduziram o homem no bréu da escuridão. É, por conseguinte, a religião e a ideia de deus, a raiz de todos os males da humanidade. A Ciência traz a luz e solução. deus morreu e foi sepultado. Entretanto, há quem ainda tente travar o desenvolvimento da ciência. À frente deles estão picaretas e vigaristas que sabem que deus não existe, entretanto, aproveitam-se da ingenuidade e as vezes da debilidade mental dos seguidores para extorquírem e retirarem deles dinheiro. E é assim que a religião sobrevive hoje em dia: marketing, enganação, técnicas psicológicas, lavagem cerebral...nada além disso. Charlatanismo puro.
O mais inaceitável é que os governos, até mesmo os laicos, colocam a religião em posição de destaque dando a ela um poder forte de decisão, como pudemos presenciar no debate sobre o uso de células troncos embrionárias, onde a igreja se opôs a tal procedimento que representa esperança para milhões de enfermos que poderiam ter uma vida normal se fossem submetidos a tal procedimento regenerativo, no meu ponto de vista esse ato de barrar uma pesquisa que traria conforto para os que precisam de ajuda contraria todo o próprio ensinamento religioso que em suma prega a fraternidade entre os homens os quais devem sempre estender a mão a um necessitado, nesse caso a igreja pisou nos necessitados tentando acabar com as chances dos mesmos se recuperarem, essa falta de compaixão e de caráter me lembra muito um fato histórico lamentável que somente a igreja poderia ter propiciado, no fim do feudalismo com a explosão populacional o sistema administrativo estava entrando em colapso muita gente para pouca terra e pouco alimento então a igreja imaculada e caridosa resolveu mandar todas as crianças e mendigos da europa para lutarem no oriente(se não me engano essa foi a segunda cruzada) contra os impuros (era assim que chamavam os muçulmanos) o argumento para convencer essas pessoas é de que quem morresse nessa luta seria recebido com honras no céu se livrando de todo esse sofrimento terreno pelo qual estavam passando, percebe-se claramente que essa medida foi tomada para atender os interesses da própria igreja que temia rebeliões e revoltas contra seus ensinamentos uma vez que pregava que quem fosse fiel a deus teria vida próspera mas apesar de toda a devoção a vida do medievo só piorava já que com a explosão populacional não era possível um planejamento para melhor as condições de vida e saúde e com isso as doenças surgiam e se alastravam com muita facilidade isso sem falar na fome que vitimava a europa, assim foi feito no debate sobre as células tronco pois ao mostrar que o homem pode curar doenças graves a idéia de milagre passa a ser descartada o que faria com que a religião também fosse possivelmente descartada então ao invés de debater e modernizar-se a religião preferiu proibir o desenvolvimento dessa tecnologia que representava perigo à sua hegemonia.
O fato é que mesmo após a ''morte de deus'' a religião continua forte e atuante pois ela representa uma grande ferramenta de controle social é mais ou menos como disse Napoleão “Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas.”.
Um fato curioso é que se analisarmos a religião percebemos nela traços muitos fortes de uma criptocracia, tal forma de governo caracteriza-se por formas sutis quase imperceptíveis de controle e opressão além de seu verdadeiro líder ser desconhecido pelos que estão sob essa forma de regime, fazendo uma análise mais profunda percebemos que essa forma de governo criptocrático é algo consolidado no nosso mundo, como exemplo disso temos o FMI que interfere diretamente nas decisões dos países forçando-os a investir em certas áreas e abandonar outras (a atuação do FMI é muito vasta só usei esse exemplo da sua atuação por ser de mais fácil assimilamento) e isso tudo sem que a população saiba, temos também a ONU que interfere nos interesses dos países para manter a ''ordem e a paz mundial'' mas que na verdade não passa de uma instituição que inibe o desenvolvimento bélico dos países que podem afetar os interesses econômicos principalmente dos EUA podemos entender isso bem ao lembrarmos do bom trabalho que fizeram na divisão de terras entre israelenses e palestinos culminando hoje em uma disputa sangrenta pelo território, depreende-se disso que a criptocracia aplicada pela religião desde sua existência foi uma espécie de ensaio e preparo para ''amansar'' as massas tornando fácil a tarefa de implantar uma criptocracia econômica, militar e governamental, porque se você consegue convencer pessoas de que existe alguém invisível capaz de ver tudo saber de tudo e que pode construir um planeta em 7 dias que com o sopro pode dar vida ao barro torna-se fácil massacrar, explorar, enganar e roubar essas pessoas elas se tornam fantoches, títeres reais de instituições que atendem aos próprios interesses mas que para se manterem precisam de um exército cada vez maior de subordinados que por uma longa e demorada doutrinação passou a não enchergar óbvio e contentar-se com a ''sombra no fundo da caverna'' (mito da caverna), não ouvir as verdades e contentar-se com as idéias que lhes são transmitidas sem nem ao menos questioná-las e não falar não exigir a verdade.

encerro o capítulo XlII ao som de IDIOTEQUE de RADIOHEAD